Por Que Terminar é Tão Difícil para Uns e Fácil para Outros?

O término de uma relação é algo relativo. Na psicologia, entendemos que existem diversas formas de relacionamento, e, com isso, diferentes maneiras de processar o fim. Quando se está em uma relação por muitos anos, é natural que a “magia” da paixão acabe. E o que resta? Seria o amor, mas o amor é mutável. Você pode amar o corpo, a alma, ou os momentos juntos, mas se não houver cuidado, e a distância emocional surgir — seja pelo cotidiano, pelos filhos, ou por mágoas acumuladas —, essa relação se desgasta. O amor pode se ressignificar, transformando-se em amizade, ou até em sentimentos negativos, como raiva.


Nesse ponto, um parceiro pode querer salvar a relação, enquanto o outro já pode ter decidido que ela acabou. Quem percebe o desgaste primeiro, ou já havia se distanciado emocionalmente, tende a seguir em frente mais rápido. Para alguns, a relação acaba enquanto ainda estão juntos, enquanto outros só percebem o fim quando ele se torna inevitável. Isso pode explicar por que algumas pessoas encontram outro relacionamento rapidamente, enquanto outras ficam se perguntando como tudo acabou tão rápido.


É claro que há outras formas de terminar um relacionamento: quebra de confiança, um acordo mútuo, ou brigas intermináveis. Em todos os casos, as pessoas passam pelos estágios do luto. Um exercício que pode te ajudar a superar é lembrar do motivo pelo qual o relacionamento terminou, e tentar enxergar como isso foi melhor para você. Mesmo que você não entenda completamente, procure listar razões que te ajudam a aceitar o fim.


Cite suas qualidades e pense em como outras pessoas terão sorte de estar com você. Reflita sobre como você pode ressignificar sentimentos de culpa, saudade ou raiva. Entenda que você não tem controle sobre as ações do outro, apenas sobre suas próprias emoções e comportamentos. E sim, isso já é desafiador! Imagine tentar controlar os outros. Não busque justificativas ou perdões que talvez nunca venham. Nem todos terão responsabilidade afetiva. O foco deve ser em entender a si mesma(o) e como se preencher após essa perda.


Exercício:


Liste três motivos pelos quais o término foi positivo para você. Em seguida, escreva cinco qualidades suas que você valoriza. Isso vai te ajudar a resgatar sua autoestima e lembrar que você é digna(o) de amor e respeito.


Além disso:


• Autocuidado: cuide do seu corpo e mente, estabeleça uma rotina de bem-estar.

• Autoestima: trabalhe diariamente para se sentir bem com quem você é.

• Novas conexões: faça novas amizades e reconecte-se com antigos amigos.

• Viva bons momentos com seus filhos (se tiver). Respeite a relação deles com o pai/mãe, sem deixar que o conflito entre vocês os afete. Eles não são responsáveis pelas decisões dos pais.


Chore, sinta raiva, negue o que for necessário, mas aceite. Você é humana e merece um tempo para se curar. E se ainda não tiver filhos, respeite seu próprio ritmo. Cada pessoa tem seu tempo de superação, e isso dói, mas você já superou outras situações difíceis. Vai superar essa também e sairá mais forte.


Por fim, olhe para a relação como foi, mas também como ela é agora. Lembre-se: a dependência emocional não te domina.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Frases sobre Autoestima e Amor Próprio

Quando o Amor Machuca: A Verdade Por Trás da Dificuldade em Enxergar o Abuso (Filme Assim que acaba)

Quando te Decepcionam